sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dicas para ler livros em Inglês


Depois de Under The Never Sky eu gostei desse negócio de ler em inglês e tenho até uns em mente. Aí eu percebi que muita gente também diz que tem vontade de ler em inglês mas acha que não vai entender nada, ou até tenta mas desiste logo. Enfim, realmente tem muitas dificuldades. Tem muitas dicas boas na internet sobre esse assunto, mas com essa leitura eu percebi muita coisa que eu não tinha visto ninguém falar antes, então resolvi compartilhar aqui, porque se deu certo comigo quem sabe não dê certo com mais alguém. Aí vai:

1 - Escolher o livro
Primeiro, a maioria das pessoas vai recomendar que um iniciante comece por ler um livro que ele já leu em português, já que ele vai saber da história e do estilo do autor. Eu não diria. Só recomendo fazer isso se for um livro que você já tenha lido há algum tempo e esteja realmente com muita vontade de reler. Porque pense bem, se juntar as dificuldades da leitura com a falta de estímulo por lembrar de praticamente tudo que acontece... As chances de desistir são muitas. Eu não fiz assim e deu muito certo. E também, em vez de começar logo pelos épicos de fantasia medieval, ficção científica ou clássicos do século passado (esses grupos sempre tem uma linguagem mais particular), um livro mais "simples" e atual de qualquer tema que você tenha afinidade deve servir.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Top 10 de Terça: Estrelas

E aí meu povo? De volta com o top 10 de terça que agora vai acontecer uma semana sim, outra semana não. E o tema de hoje foi um que eu vinha pensando e desenvolvendo desde o início, mas me surpreendi com tanta variedade de histórias, desde romances até fantasia e suspense, que estão relacionados com o tema estrelas. Como essas aqui:

10 - A Cidade e as Estrelas
O livro é bem antigo, mas a proposta e a narrativa parecem ser daquelas que não envelhecem. Inclusive, só pela sinopse já achei parecido com Under The Never Sky. A o que restou da humanidade está confinado em uma única cidade, onde as pessoas são praticamente imortais mas estão presas, impedidas de sair. Mas um jovem não se conforma com isso: ele quer saber o que tem lá fora. Essa vontade de descobrir e de viver de Alvin, o primeiro em bilhões anos a sequer se questionar sobre esse modo de vida, devem dar uma história e tanto.
9 - A Estrela
Nesse aqui a coisa já é diferente. O Linde (a Terra) não é mais a mesma, e agora passa por constantes transformações físicas. No início do livro está passando por uma Ferida, um abismo que cresce a cada dia. Quando um garoto se perde, Lan está determinada a salvá-lo, até que se depara com um Caminhante da Estrela, que está com o menino. Tempos depois o dois vão se juntar porque descobriram um jeito de salvar o mundo. Dizem que tem um final trste... Também me interessei por esse luvro por encontrar algumas semelhanças com Never Sky. E a lista só cresce.
 8 - A Maldição do Titã
Nem preciso explicar muito né? O terceiro volume da série Percy Jackson me deixou doido de pedra na época que lançou, acho que eu li esse livro umas 4 vezes, quem sabe mais até. Tem uma personagem nesse livro, a Zoë, que só precisou de umas falas pra me conquistar totalmente. Ela é importante na trama e veio diretamente da época da mitologia clássica.Arrisco dizer que ela é um Professor Snape: não é muito simpática, mas depois que a gente descobre certas coisas... E aquele final... E ainda tem a frase que fez esse livro vir parar aqui:
"- As estrelas - sussurrou ela. - Posso ver as estrelas novamente, minha senhora."




 7 - A Culpa é das Estrelas
É bem difícil dizer qual é a relação desse livro com o tema estrelas já que eu não li, mas de uma coisa eu já sei: a referência do título. Da obra Julius Caesar (Júlio César) de Shakespeare, a frase marcante: "A culpa, caro Brutus, não é de nosas estrelas, mas de nós mesmos, que somos subordinados." Querendo dizer que cada um faz o próprio destino. Mas eu tenho certeza de que isso deve ser explorado de uma forma criativa na história. Não li, mas por tudo o que eu já vi afirmo com certeza que esse aqui é tão profundo e inspirador quanto as próprias estrelas.



6 - A Hospedeira
Esse aqui não traz o tema estrelas como algo bonito e filosófico, não. Invaores extraterrestres vindos de sistemas solares distante tomam o controle da raça humana, esse é o grande presente que as estrelas nos dão. A narrativa se desenvolve a partir de uma hospedeira humana que resiste à invasão de sua mente, e a alienígena, Peregrina/Wanderer que apesar de meio sonsa incrivelmente me fez gostar dela também. Não é uma leitura fácil, todo mundo vai afirmar isso, a escrita é cansativa mas a ideia é realmente de tirar o fôlego.




5 - Todas as Estrelas do Céu
Um casal de irmãos adotivos que se apaixona? Parece confuso o suficiente pra vocês também? Pois é... Caroline, a filha biológica, e Leandro, o adotivo, foram criados desde muito jovens com igual amor e carinho pelos pais. Mas com as confusões e dúvidas da adolescência, um procura apoiar o outro. Quando a relação ultrapassa a barreira da irmandade, eles lidam com a questão de admitir isso para os pais, para a sociedade e o principal e mais terrível: para eles mesmos.






4 - A Estrela do Mal
Esse é o segundo volume da série O Poder dos Cinco. Matthew Freeman vai tentar tentar impedir que demônios banidos há muito tempo por 5 crianças sejam trazidos de volta. Agora, ele é uma das crianças escolhidas para lutar contra os Antigos mais uma vez. Na América do Sul, ele vai contar com a ajuda de outro dos 5 e uma tribo de guerreiros incas. Parece uma aventura cheia de perigos com a clássica luta do bem contra o mal se desenrolando cada vez mais sangrenta.






3 - A Primeira Estrela que Vejo é a Estrela do Meu Desejo
Um título grande para um livro infelizmente bem pequeno... Essa é a reunião de 5 histórias indígenas que, segundo o autor, são feitas para serem lidas com o coração. A impressão que eu tive é que são contos folclóricos com aquela atmosfera fantástica, mas muito bonitos, e sinceramente fiquei com vontade de ler.







2 - O Mistério da Estrela
Ainda bem que eu não posso falar muito dele aqui, se não ia perder o controle. Stardust gira em torno de um rapaz, Tristan, que para agradar uma moça que queria namorar, promete a ela ir buscar a estrela cadente que tinha acabado de cair naquela noite. Os personagens são tão convincentes que eu já torcia para eles desde o começo. Não se enganem pelo filme ou pela história aparentemente infantil; nesse livro você se perde totalmente entre a fantasia e o suspense, é a dosagem perfeita e viciante de um conto de fadas e uma história de terror.




1 - O Homem que Calculava
Poderia ser confundido com um livro didático de matemática, tamanha a inteligência de Beremiz, o calculista. O curioso é que o livro é narrado em primeira pessoa pelo viajante Hank, que se torna melhor amigo do protagonista. Algumas explicações ilustradas de cálculos eu realmente pulei, mas outras são até interessantes. Ele cita um matemático que era tão apaixonado pela perfeição da astronomia que quando ficou cego, preferiu se matar a ficar sem ver o céu. Tem muitas histórias encantadoras. Mas fora isso e outras coisas, o primeiro lugar merecido veio por causa dessa frase:
"Diante dos nossos olhos pasmados, as estrelas são uma caravana  luminosa a desfilar pelo deserto insondável do infinito."

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Meta de férias

  Ei, quanto tempo hein?! Não? Pois eu achei. Mas como o novo layout do blog já ficou pronto, agora eu vou regularizar as postagens. Então, essa aí do lado é minha lista de livros, minha velha amiga desde o começo desse ano. Essas manchas aí são os livros que eu desisti de ler, e fiz questão de não querer mais lembrar quem eles são, por isso estão irreconhecíveis. Os que estão pintados de lápis de cor azul são os que eu li nessas férias, menos A Hospedeira porque eu risquei ele sem perceber. Sob o Céu do Nunca, que eu acabei lendo em inglês - Under The Never Sky, eu estava querendo há um tempão, ainda bem que consegui ler logo, porque é realmente bom. A Marca de Atena é outro que todo mundo que acompanha a série já tinha até esquecido os detalhes, e eu lá todo empolgado lendo pela primeira vez... Sobre Gone e o segundo livro da série, Fome, eu nem preciso comentar muito, só que foram leituras alucinantes nessas férias; eu planejava ler os três primeiros mas parei pra dar uma respirada. O último é A Revolução dos Bichos, que eu li em um dia só, na última semana de aulas já em clima de férias. É um daqueles livro complexos e muito marcantes disfarçados de historinhas infantis, como O Pequeno Príncipe, mas A Revolução dos Bichos traz reflexões sobre mentiras, manipulação e poder.

O que eu estou lendo agora é A Corrida de Escorpião, que por sinal é ótimo apesar de eu ter parado ele há dias... Mas quero voltar hoje ainda. Predestinados foi um ato de desespero quando eu queria tanto ler algo relacionado a mitologia que coloquei ele aí, mas quem sabe um dia eu comece a ler mesmo pra ver como é. Odd e Os Gigantes de Gelo, e O Livro do Cemitério são dois de Neil Gaiman que eu me interessei muito, e quero ler outras obras do autor já que gostei tanto de Stardust. Quatro Amigos é uma "road trip" de um grupo de jovens em seus conflitos na passagem da juventude pra o mundo adulto, fiquei com vontade. E finalmente Clube da Luta, que sem querer eu vi o spoiler chave do livro em uma resenha (nem lembro qual) mas mesmo assim ainda quero ler, tem cara de ser daqueles que joga com a mente do leitor. E é isso; os outros na ordem de baixo para cima são os que eu quero ler até o fim desse ano, se der. E lembrando que minha lista é muito bem organizada, se você tiver um pouco de compreensão e der uma chance de entendê-la! Até

sábado, 3 de agosto de 2013

Resenha: Under The Never Sky

Never Sky - Sob o Céu do Nunca (Under The Never Sky)
Autora: Veronica Rossi
Ano: 2012 (EUA)/2013 (BRA)
Editora: HarperCollins (EUA)/Prumo (BRA)
Sinopse: Em um cenário pós-apocalíptico, a população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas externas, mas tornaram-se primitivas. Através de um dispositivo eletrônico, os habitantes dos núcleos podem frequentar diferentes Reinos, cópias virtuais e multidimensionais do mundo que elas deixaram para trás.
Neles se pode fazer qualquer coisa, ser qualquer pessoa, sem consequências no mundo real. Mundos sem dor, sem medo. As palavras dor e medo, porém, fazem parte do vocabulário cotidiano dos que vivem além das paredes dos núcleos. A escritora Veronica Rossi se utiliza da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia, seus benefícios, malefícios e alienação que pode provocar nas pessoas.

Quanto tempo hein! Não? Pois pra mim foi! Eu demorei nesse livro por que primeiramente apareceu muita coisa esses dias, sempre atrapalhava a leitura, e segundo e principalmente (eu acho), porque eu li em inglês, e esse é o motivo de os dados do ali em cima falarem sobre os dois países. Por isso também, em relação aos quotes, vou postar eles em inglês com a tradução livre sem compromisso e etc. do lado, ok? Mas achei a capa brasileira incomparavelmente mais bonita. Aliás, a autora é brasileira, apesar de morar nos EUA! Mas então, vamos aos finalmentes:

Desde o começo do ano passado eu queria ler esse livro, e não me decepcionei. Vamos dizer que começa com Aria quebrando as regras, indo a um local proibido para tentar falar com sua mãe que está em outra cidade, outro núcleo. Fora da segurança do núcleo e com os alarmes desativados, Soren (Filho de um chefão do local) acaba provocando um incêndio, o que basta para deixá-los descontrolados. Árvores, fogo, nada disso eles já tinham visto de verdade, só virtualmente, tamanho é o isolamento em que eles vivem. O lugar que eles vão está destruído por uma tempestade de Éter, o que a autora não explica bem o que é, nem tem muito para explicar. Éter é a substância que os antigos acreditavam preencher o Universo. Nesse caso aqui, ele cai como relâmpagos muito mortais.
"Fire and water, come together in the sky." - "Fogo e água, juntos no céu."
Aria é salva da morte por pouco, mas graças a uma coisa que não acontecia a muito tempo: um invasor. Um selvagem. Não demora para sabermos quem ele é. Peregrine, ou Perry, teve suas razões para se esgueirar para dentro de um Núcleo, e consegue escapar de volta, mas a culpa do ato dele recai para cima de Aria. Fora a escrita muito bem fluída, eu diria que esse é o ponto mais forte da narrativa; a alternância de pontos de vista (POVs), em terceira pessoa, entre os dois protagonistas. Temos uma visão mais dinâmica da história, o que é fundamental. Porque eles têm suas próprias trajetórias e problemas para resolver antes de se juntarem. Nas primeiras páginas, os pontos de vista do Perry são bem mais interessantes que os da Aria. Você pode até chegar a confundir esse livro com um daqueles que a protagonista é uma donzela em perigo e o protagonista é o brutão misterioso que vai salvá-la e eles vão viver uma paixão ardente.

Mas a distribuição dos POVs é perfeitamente equilibrada. Vemos tanto da vida de Perry quanto da de Aria; ele é irmão do Soberano de Sangue (Blood Lord) de uma tribo, e Talon é a pessoa que ele mais ama no mundo. A vida de Perry é bem mais difícil do que viver de ambientes virtuais. A tribo é um lugar com cara de idade média mas a vida lá é bem parecida com a de homens das cavernas. Esse contraste de mundos é fantástico. O sobrinho de Perry, Talon, é raptado por guardas de uma cidade, e aí as coisas esquentam.